sábado, 29 de dezembro de 2007

Yemanjá


Yemanjá é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão iorubá Yèyé omo ejá (Mãe cujos filhos são peixes).
No Brasil, Yemanjá é um orixá muito popular e é reverenciado no Candomblé, no Batuque, no Xambá, no Xangô do Nordeste e na Umbanda.
Uma das maiores comemorações em honra à Yemanjá ocorre no último dia do ano em várias praias do litoral brasileiro. Antes e após a queima de fogos da passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do Mar, um dos títulos dos quais ela é saudada. Os devotos a presenteiam com flores, perfumes, velas, tanto na areia da praia, quanto nas ondas do mar.
Um dos nomes dados à Yemanjá é Janaina. Ela é a deusa do mar e protetora das mães e esposas. Yemanjá ou Janaina pode nos dar num primeiro momento a impressão de arrogância, mas ela possui uma personalidade bondosa e protetora.
A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Uma das maiores festas ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes.
O culto a Yemanjá nasceu de uma tradição dos cultos afro-brasileiros. Nos tempos da escravidão, os negros cativos aproveitavam o feriado do dia santo de Nossa Senhora da Glória para pedir graças e oferecer presentes a Ela. Com o tempo, a homenagem passou a ser feita também no último dia do ano, sendo realizada às escondidas, em praias desertas.
No Rio de Janeiro a homenagem à Yemanjá ou Iemanjá (Janaina) tornou-se uma tradição. Alguns comerciantes e donos de hotéis passaram a incentivar e até a adotar a prática. Há uma procissão que corta o Rio de Janeiro até Copacabana, incentivada e promovida pelos comerciantes de artigos religiosos do Mercadão de Madureira.
Na praia, são realizadas giras de Umbanda, Candomblé e oferendas são atiradas no mar ou colocadas em barquinhos de Iemanjá.
***
A todos que visitarem o Labirinto do Sol e da Lua ou o Caminho dos Contos, desejo-lhes um Ano Novo revigorante, tranquilo e energizante. Na virada, tenha pensamentos positivos e festeje o novo ano com entusiasmo na companhia de quem ama, da família, dos amigos, companheiros ou, se for passar sozinho (o que não aprovo, mas acontece) não guarde mágoas, nem sofrimento, nem vingança, nem qualquer tipo de ação ou pensamento negativo.
Ficarei afastada por uns quatro ou cinco dias. Estou de férias até depois do Carnaval e pretendo aproveitar cada momento. O Caminho dos Contos será atualizado assim que eu retornar.
Deixo aqui minha amizade e meu coração aberto a quem desejar um abraço e uma palavra amiga. Beijo a todos e ...
FELIZ 2008!!!
Por Bruxinhachellot

domingo, 23 de dezembro de 2007

101 - A Bússola Dourada


101 é o número de postagens desde a criação do Labirinto do Sol e da Lua a cerca de dois anos. Minhas postagens são, normalmente, semanais com o intuito de dar mais tempo para que os caminhantes do Labirinto possam apreciá-las. Para que haja uma leitura consciente e minuciosa é necessário tempo e, talvez uma releitura. Assim como aceito com prazer os comentários favoráveis, também aceito as críticas e as sugestões de estudo e a soma da informações postadas em cada caminho. Agradeço a todos os que fizeram do Labirinto um lugar movimentado e contribuíram para a construção de novos caminhos, antes desconhecidos e agora visitados e queridos. A postagem de hoje é sobre uma história que será comentada por muitos dias e entre muitas gerações. É a história de Lyra Belacqua e A Bússola Dourada (A Bússola de Ouro, no Brasil). A Trilogia Fronteiras do Universo é composta dos volumes: A Bússola Dourada, A Faca Sutil e A Luneta Âmbar e, foram escritos por Philip Pullman.


Lyra (Dakota Blue Richards) vive em Oxford, Inglaterra. É uma garota um tanto rebelde, mas de grande coração e tem um daemon (Pantalaimon) que é parte de sua alma e que muda constantemente de forma. Lyra vive na Universidade Jordan e é lá que vive suas primeiras aventuras, quer seja com o amigo Roger, subindo nos telhados da Universidade, quer seja nas ruas, brigando com os gípcios.
Com a chegada de seu tio Lord Asriel (Daniel Craig) e a notícia do Pó, Lyra deseja viajar para o Norte. Ela recebe de presente uma bússola que tem como função dizer a verdade e, ela é a única que pode lê-la sem auxílio de um livro guia.

Algumas crianças são raptadas pelos chamados "papões" (Conselho de Oblação), inclusive Roger e Lyra quer encontrá-los. Com a chegada da Sra. Coulter (Nicole Kidman) à Universidade, Lyra é convidada a viajar com ela e ser sua assistente. A Sra. Coulter e seu macaco dourado, possuem interesses obscuros na menina Lyra.

Resumindo: Lyra irá embarcar numa aventura cheia de emoção e adrenalina. Irá conhecer de perto os Gípcios e navegar com eles, fará grandes amizades como um baloeiro chamado Lee Scoresby (Sam Elliott) e terá a proteção da Bruxa Serafina (Eva Green), além de conquistar a amizade de Iorek Byrnison (voz de Ian McKellen), um urso de armadura. Juntos irão enfrentar muitos perigos e viver uma aventura eletrizante.

A crítica do filme está um tanto dividida, o que era de se esperar. O filme é produzido pela New Line, a mesma de O Senhor dos Anéis, que espera uma superprodução. Alguns vão amar o filme, enquanto outros vão achá-lo sem graça. Apesar de não alcançar um parâmetro de lucro esperado nos EUA, A Bússola Dourada (ou de Ouro) está em primeiro lugar no país. Além disso, tornou-se um jogo de video game para PS3 da Sega. Com certeza o livro é mais interessante e mais completo do que o filme, o que aliás já era de se esperar. Então quem tiver a oportunidade veja o filme e leia o livro. Não prejulgue antes de conhecer a história. A Igreja se sentirá desonrada, mas é sabido que Ela não tem tanta honra como julga ter.

Enfim, A Bússola Dourada, assim como A Faca Sutil e A Luneta Âmbar, são histórias de ficção e como tanto merecem respeito. Admiro quem lê um livro ou vê um filme e consegue tirar proveito de uma boa história, seja ela baseada em fatos reais ou simplesmente fictícia. Nem tudo é perfeito na vida, mas algum proveito tiramos dela, pois do contrário não viveríamos.

A todos, desejo um natal, ou um dia 25 com muita tranquilidade e alegria. Desejo também muita saúde e paz. Cada um com sua crença e com amor no coração faremos desse mundo um lugar melhor para as futuras gerações.

No final da página do Labirinto do Sol e da Lua há um dos trailers do filme. Dê uma pausa na música que toca no Labirinto e aguarde o carregamento do vídeo.

Fiquem bem!

Por Bruxinhachellot

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Feliz Natal!?


Para aqueles que acreditam na magia do natal e aqueles que acham-no um dia comum e sem sal.

Canção de Natal Otimista

Botei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho sempre vem.

***

Canção de Natal Pessimista

Tirei meu sapatinho
Da janela do quintal
Papai Noel roubou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Sempre esquece de alguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho nunca vem

(Versão da Bruxinhachellot)

O Natal para uns é um dia mágico, onde a família se reúne, tem uma farta mesa e a famosa troca de presentes. Para outros, o Natal é um dia triste, pois a violência, a fome e a miséria são os únicos presentes que o "bom velhinho" consegue entregar.

Fiquem bem!

Por Bruxinhachellot

sábado, 15 de dezembro de 2007

Obaluaiê - Dança Típica


O Grande mestre das Almas, traz nas mãos o xaxará.
Chocalho de palha e búzios onde ele detém os segredos da morte e da vida.

"Obaluaiê está ligado ao elemento terra, sendo detentor de seus segredos. Tem, também, ligação com as árvores e com os espíritos que as habitam. Ele é extremamente temido e respeitado, mas, ao mesmo tempo, é indispensável, com uma atuação muito grande dentro dos rituais do Candomblé. Todos o temem, por enviar as doenças, muitas vezes, como castigo ou como desígnios divinos para uma renovação da vida. Da mesma forma que ele traz as enfermidades (como lepra, peste, eczemas, varíola, malária, etc., que provocam alteração na temperatura corporal), traz também a cura para elas. Segundo as antigas lendas, Obaluaiê nasceu com o corpo todo coberto por chagas, que ficavam escondidas sob suas vestes de palha. Foi através da sua própria força interior que ele conseguiu curar-se e também desvendar os segredos das doenças que atingem os seres criados. Assim como Ossain, que usa as folhas para curar, Obaluaiê usa seu xaxará para limpar a Terra de todas as doenças e pragas. Esse orixá também tem um papel fundamental nos ebós realizados pelo Candomblé, que são rituais especificamente utilizados para afastar espíritos obsessores ou influências maléficas. Obaluaiê tem um grande poder sobre os eguns (espíritos desencarnados) e ancestrais, controlando-os com seu xaxará. Ele é um ser tão misterioso quanto a própria morte, com a qual tem uma íntima ligação. Conhece todos os seus segredos, sendo muitas vezes confundido com Ikú, o senhor da morte. Omulu é quem faz a limpeza do corpo logo após a morte, permitindo, assim, que as pessoas falecidas se desprendam desse plano de existência. Na África, ele é venerado e temido por seus desígnios, sendo considerado uma figura repressora e perigosa, que pode trazer facilmente a morte, mas, por outro lado, é o grande redentor de todas as mazelas que atingem os seres humanos."

"A Dança de Obaluaiê tem origem no culto ao orixá de mesmo nome, que faz parte do panteão do candomblé africano. Ao contrário das danças típicas da região amazônica, a Dança de Obaluaiê é uma manifestação cultural que existe em várias regiões do Brasil, tendo sido introduzida na Amazônia, e também nas demais regiões do país, no tempo do Brasil colonial. Hoje, não é tão comum ver esse tipo de apresentação em eventos folclóricos comuns. É mais facilmente encontrada em terreiros de camdomblé ou umbanda e também em centros de defesa da cultura afro-brasileira. É uma dança que pode ser encenada por homens ou mulheres.

Obaluaiê, orixá da morte que, segundo a mitologia africana, teria o corpo coberto de chagas, se apresenta nos terreiros de camdomblé envolto num manto de palha-da-costa que o cobre desde a cabeça, deixando que vejam apenas dos joelhos para baixo. Por isso, durante a dança, é assim também que os dançarinos se apresentam.

O início da apresentação é marcado por uma invocação ao orixá que é repetida por um grupo de músicos que formam um coro. No final da invocação, são apresentados seis orixás como parte da apresentação. Todos eles rendem homenagens a Obaluaiê. O acompanhamento musical é feito com instrumentos de pau, de corda e de sopro como: Curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas.

A vestimenta para essa dança é composta de uma saia de renda rodada que vai oculta por uma segunda saia feita de palha-da-costa com búzios adornando a pala. Cobrindo toda a cabeça do dançarino, vai uma espécie de terceira saia. A cabeça toda, inclusive o rosto, ficam completamente cobertos por esse acessório que se alonga até as coxas, cobrindo também boa parte do corpo. São usados também muitos colares e guias de contas, parecidas com as que são utilizadas pelas mães e pais de santo em trabalhos das religiões afro-brasileiras. A palha também é amarrada nos braços e pernas. Dança-se descalço."


O Brasil é tão grande, vasto e diversificado, que muitas coisas não são de conhecimento público de todos. Tento fazer minha parte colocando aqui alguns assuntos de cunho culturais. Espero que apreciem.


Fiquem bem.


Por Bruxinhachellot.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A Música


Um tom de encanto e magia,
Enaltece o meu ser.
Deixando-me vagar na fantasia
De uma sintonia - Renascer...

Entre o dó e o si,
Contorna-se a imagem da ilusão.
Sonhando estar junto a ti,
No embalo de uma canção.

Toda nota tem seu valor,
Seu ritmo, sua entoação.
E toda palavra de amor,
Enternece uma paixão.

O som é uma voz,
Que circula o ar.
Que invade todos nós,
Como o brilho do luar.

A sinfonia de uma canção
É como o céu a mirar no mar.
É como o pulsar do coração,
Que percorre todo o ar.

A música é como uma nuvem de algodão.
É como o brilho do olhar.
Afasta-nos da solidão
E nos permite sentir e sonhar.
*
Autora: Bruxinhachellot
*
Essa poesia foi escrita quando ainda era menina, quase uma mulher. E já naquela época eu amava a música, uma outra forma de poesia.
*
Fiquem bem.
*
Por Bruxinhachellot

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Caçador de Mim - Letra de Música


Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções
Entregue as paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir das armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sorrir
Eu, caçador de mim.

Cantor: Milton Nascimento

Senti vontade de postar a letra dessa música que acho simplesmente maravilhosa. Espero que gostem. Quem não conhece pode clicar num dos vídeos na parte esquerda da página e ouvir essa linda canção.

Fiquem bem!


Por Bruxinhachellot