sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pegadas

Imagem retirada do google (autoria desconhecida)
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Vida que me sustenta
Nada sei de seu alento
Sou pó das estradas
Vivo de amor sedento
Nessa caminhada longa e lenta
Sou as pegadas
No chão cinzento
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Autoria de Cláudia Valeria Miqueloti (Bruxinhachellot)
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Caminho pela vida sem destino certo, apenas seguindo o caminho a mim destinado. Não sei se é certo ou duvidoso, apenas sigo.
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Fiquem bem!
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Por Bruxinhachellot

sábado, 12 de julho de 2008

No Bosque da Minha Memória

Imagem tirada do google (desconheço autor)
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No bosque da minha memória
Vive uma árvore encantada
Seus habitantes brincam de roda
Cantando fados na invernada
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No jardim crescem rumores
De uma festa sob o luar
Num palco verde encenam atores
Soam palmas espalhando euforia pelo ar
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Criaturas da noite tocam tambores
O vento sul espalha folhas pelo chão
Fadas criam luzes multicores
Um grilo assobia uma animada canção
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Um ruflar de asas a noite sacudiu
Eram morcegos trocando de par
A Lua lá do alto sorriu
Fazendo um duende suspirar
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Arrebentam fogos num céu estrelado
A cada ritmo aumenta-se a empolgação
Vagalumes luzem por todo lado
Ninguém fica fora de tanta emoção
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É meia-noite e ninguém se cansa
Todos querem se divertir
Quitutes, vinho e muita dança
Nenhum ronco se faz ouvir
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A noite surrupia a tristeza
Dissolvendo qualquer dissabor
Lúdico espírito da natureza
É o poeta declamando seu amor
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Os pássaros cantores
Unem-se à festança
Um corrupio nos arredores
Revela um fogo-fátuo criança
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A árvore toda florida
Exala perfume e magia
Diante da celebração da vida
Ela agradece e a todos reverencia
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Uma canção a Lua é oferecida
E ela se enternece
Dá-lhes a bênção merecida
Num girar suave o dia amanhece
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Autoria de Cláudia Valéria Miqueloti (Bruxinhachellot)
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A todos os amigos que caminham pelo labirinto agradeço-vos a presença e o carinho. Essa poesia nasceu dia 09 de Julho de 2008 de uma lembrança alegre e antes que ela se desvanecesse transferi-a para o papel.
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Para quem não conhece esse é o site do Escritartes. Aqui você encontra muita poesia, contos entre outros e é aqui que publico alguns escritos de minha autoria. Venha conhecer. Não custa nada, só um clique.
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Fiquem bem.
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Beijos de Sol e de Lua.
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Por Bruxinhachellot

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Festa "caipira"

Imagem tirada do Google(desconheço autor)

Mandacaru
Quando fulora na seca
É o siná que a chuva chega
No sertão
Toda menina que enjôa
Da boneca
É siná que o amor
Já chegou no coração...
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Meia comprida
Não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
Não quer mais vestir de mão...
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Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
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De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao dotô
A filha adoentada
Não come, nem estuda
Não dorme, não quer nada...
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Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
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Mas o dotô nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
Que prá tal menina
Não tem um só remédio
Em toda medicina...
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Ela só quer
Só pensa em namorar
Ela só quer
Só pensa em namorar...
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Xote das Meninas - Composição: Luiz Gonzaga / Zé Dantas
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Nesse período de Junho e Julho acontece em todo o Brasil festas "caipiras". "Festa junina é uma celebração brasileira e portuguesa. Historicamente, está relacionada com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de Junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João".
"Em Portugal, estas festas são conhecidas pelo nome de santos populares: Santo Antônio em Lisboa, São Pedro no Seixal, São João no Porto, em Braga e em Almada. No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de Joanina, de São João), porque acontece no mês de Junho."
"A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras."
"O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas para o evento, ou um galpão com dependências construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro."
"As fogueiras juninas são de origem européia e fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista."
"O uso de balões e fogos de artifício durante São João no Brasil está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei devido ao risco de incêndio."
"O mastro de São João, conhecido em Portugal como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas três bandeirinhas simbolizando os santos."
"A quadrilha tem seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve seu maior florescimento no Brasil rural.""
Esse é apenas um pequeno resumo da história da festa junina, que também é celebrada em países como França, Polônia, Rússia e Suécia.
Fonte: Wikipédia
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Acessem o vídeo na parte lateral esquerda da página (mais abaixo) para ouvir a música "Xote das Meninas". Antes dê uma pausa no Labirinto Musical.
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Leiam a continuação do conto A Fada e o Nobre Pirata em: http://caminhodoscontos.blogspot.com/
Fiquem bem.
Por Bruxinhachellot

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Não tem mais o que inventar


Será? Essa é a frase que minha mãe mais pronuncia quando ocorre algo diferente. O que ela diria das novas tecnologias? Barbaridades certamente. E o que dizer da nova moda corrente na Suiça e em outros países, na qual a morte já não é tão mal vista assim pelos habitantes mais afortunados. Quais as opções após a morte? O que fazer com o corpo? Enterrá-lo ou cremá-lo? Jogá-lo no mar? A nova modalidade é transformá-lo em 'diamante humano'. Como? "Segundo uma empresa da Suiça, bastam apenas quinhentos gramas de cinzas para fazer um diamante. O corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3k de cinzas depois da cremação. Os restos humanos são submetidos as seguintes etapas: primeiro, viram carbono, depois grafite. Ao expô-los a uma temperatura de 1.700 graus são transformados em diamentes artificiais num prazo de quatro a seis semanas."
Segundo Rinaldo Willy, co-fundador do laboratório onde acontece as transformações, "cada diamante é único e sua cor varia do azul escuro até o quase branco", sendo, portanto, "um reflexo da personalidade" de cada um. Para isso há um custo entre 2.800 a 10.600 euros, ou seja, em torno de R$7.400,oo a R$28.090,00 se o euro estiver a R$2,65. (me corrijam caso eu esteja errada)
Interessante essa de tranformar as cinzas humanas em diamante. Imagine você circulando por aí com um anel que contenha um diamante feito das cinzas de seu pai ou um colar com o pingente do diamante de sua mãe. Isso com certeza vai causar estranheza entre seu círculo social, mas sem sombra de dúvida é melhor do que manter uma urna funerária na mesa da sala de estar.


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Obs.: Demorou mais saiu o segundo capítulo do conto A Fada e o Nobre Pirata (II-Escolhas). Continue acompanhando essa nova aventura no blog http://caminhodoscontos.blogspot.com

Fiquem bem!


Por Bruxinhachellot.