sábado, 30 de junho de 2007

Deformação


Ruínas de corpos esterilizados
Marcados por grades de desespero
Vigas sangrentas migram
Através da muralha de pedra

A trilha se desintegra
Se bifurca, se trifurca
Desabam-se as sombras cavernosas
Em gélidas formas mutiladas

Gritos de espadas despedaçadas
Flechas despencam num abismo de dor
Armadilhas travam as lágrimas
Dos peregrinos padecidos nos enigmas de sal

Pequenos corrompem gigantes
A lábia cruel destroça a taverna dos risos
A névoa dissipa a ilusão
A Torre Branca jaz imune sob um céu esfumaçado

Negritude de almas em decomposição
Narinas escaldantes carregam tesouros
Asas da morte lambuzam seu veneno
Nas cordas putrefatas do destino

Autora: Bruxinhachellot

Esse poema foi inspirado em uma das aventuras de RPG (Role-Playing Game - jogo de interpretação de papéis) das quais já joguei.
Fiquem bem!
Por Bruxinhachellot


quinta-feira, 28 de junho de 2007

Mitologia Celta - Parte III


"Quebrando os mitos"

"Mito I: os druidas não eram celtas. " Equivocadamente, essa afirmação distingue os druidas dos celtas como duas vertentes distintas. Os druidas pertenciam a classe sacerdotal dos celtas, assim como o pajé é o "sacerdote" dos índios ou os padres, os sacerdotes do catolicismo. Os druidas eram médicos, juízes, professores, etc. Nem toda tribo possuía um druida ou seguia o druidismo como religião, mas eles faziam parte da sociedade celta.

"Mito II: os druidas construíram Stonehenge." O monumento foi construído a 2000 a.C., e os celtas só chegaram às Ilhas Britânicas a 700 a.C. Deduz-se que os druidas utilizaram o local para realizar suas cerimônias ao descobrirem que em Stonehenge havia um alinhamento com o nascer do Sol no Solstício de inverno.

"Mito III: Alan Kardec era um druida." Não existe uma relação entre o kardecismo e o druidismo. Alan Kardec codinome de Denizard Hypolyte Leon Rivail era professor e filósofo. A única possibilidade é a de ele ter sido a reencarnação de um druida clássico, embora para os druidas, a alma era imortal e podia ou não viver muitas vidas, mas não havia carma, recompensas ou punições como no kardecismo.

"Mito IV: Os celtas eram matriarcais e cultuavam uma deusa única." Os celtas eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, a maioria tinha relação com a natureza. O panteão celta possuía tanto deuses quanto deusas.

"Mito V: Somente as mulheres celtas exerciam o sacerdócio." No aclamado romance "As Brumas de Avalon", as personagens seguiam o que chamavam de a Antiga Religião e cultuavam a Mãe-Deusa. Na sociedade celta tanto os homens quanto as mulheres podiam exercer o sacerdócio. Muitas mulheres eram guerreiras e lutavam junto aos maridos defendendo seu povo.

"Mito VI: Os celtas vieram da Atlântida." Não há provas a respeito disso, pois nas lendas celtas só há mensão de algumas ilhas que nada se assemelhava à Atlântida. Essas ilhas eram associadas ao Outro Mundo, local onde os celtas se dirigiam após a morte.

Fonte: http://www.druidismo.com.br/m_celtas-desmitificando.htm

Continua...

----------------------------------------------*****---------------------------------------------
PS: o conteúdo dessa publicação pode ser verídico ou não. Minha intenção não é a de mostrar a verdade, mas sim de publicar assuntos que possam ser discutidos e esclarecidos através dos comentários. Agradeço a todos por comentarem.

Fiquem bem.

Por Bruxinhachellot

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Agradecimentos e Nomeações

Muito obrigada!
Há tanto que caminho neste labirinto e tanta coisa já vi, conheci outros mundos, outras partes de mim, que percebo o quanto isso me faz bem e por assim dizendo o quanto faz bem para outros. Sei que vim de muito longe pra chegar até aqui. Comecei há mais de um ano a caminhar por esse mundo novo e fiz amizades surpreendentes. Tudo isso é só para agradecer os comentários que recebo todos os dias e, como aprendo com eles. Agora fui agraciada com três prêmios lindos e sinto-me no dever de passá-los adiante. Se por acaso já foste agraciado com um deles, só venho confirmar o que outros já disseram.
Escolhi aqueles dentre os quais me fazem pensar, sentir e entender melhor o mundo. Continuarei a caminhar por aí, colhendo novas fórmulas e novos sentires, saboreando as doces palavras que navegam nesse mar fantástico. Breve novidades sobre a cultura celta e se acaso eu postar algo que não condiz com a realidade é porque ainda estou aprendendo e aceito de bom grado auxílio em minhas dúvidas.
Lembrando que o Caminho dos Contos (http://caminhodoscontos.blogspot.com/) está caminhando muito bem das pernas e volto a agradecer a todos que estão acompanhando as histórias que crio com carinho para quem se proponha a lê-las. Segue abaixo as indicações:

sábado, 16 de junho de 2007

Acreditar...


Rompi barreiras que travavam meus passos, galguei o azul infinito aconchegado no abraço que me permite sonhar e acreditar no sonho.
Descobri que posso seguir em frente e atingir o Sol e dele me energizar. Serei uma massa de luz incandescente e afastarei as sombras que tingem de negrume o caminho a mim destinado.
Enxerguei os sinais há tanto camuflados por nossa ignorância e rebeldia.
Ouço a voz que clama por nascer, ouço o choro de minha respiração antes sufocada e agora liberta a voar com segurança e satisfação, onde minha imaginação e fé me guiar.
Rumo para um novo alvorecer, regado a música da vida, dançando ao luar de minhas entranhas e seguindo o caminho sem medo, acreditando no impossível, vivendo o agora, o antes e o amanhã sem nunca deixar de acreditar...

Fiquem bem.

Por Bruxinhachellot

sábado, 9 de junho de 2007

Mitologia Celta - Parte II


"O impacto de uma cultura com frequência só é sentido através do tempo." Sirona Knight (Mitos e Lendas Celtas - Charles Squire)

"A mitologia Celta tem um pouco da pesada crueza repulsiva na história teutônica e escandinava. Ela é tão linda e graciosa como a grega, mas ao contrário desta, a celta reflete um clima e um solo que poucos de nós algum dia veremos..."
"A fantasia popular tinha reabilitado os velhos deuses, havia muito banidos pelo sino, pelo livro e pela vela dos padres, sob vários disfarces. Eles ainda vivem como santos há muito tempo mortos desde as primeiras igrejas da Irlanda e da Britânia, cujos maravilhosos atributos e aventuras são, em muitos casos, apenas aqueles de seus homônios originais, os velhos deuses, contados de novo." (Charles Squire)

PS.: Com o passar do tempo e o desenvolvimento dos povos surgiu-se a necessidade de remodelar as antigas crenças. Astutamente os interessados em seguir o caminho evoluído utilizaram-se dos já conhecidos e adorados deuses celtas, para criar suas próprias divindades. Pois se não há como destruí-las então, porque não aproveitá-las e construir um sólido império, embutindo na mente humana uma verdade forjada em divindades genéricas as existentes, com o intuito de dominar às massas tornando-as obedientes e temerosas.
Nossos santos, anjos e protetores, não são tão diferentes dos deuses celtas. Cada um deles teve um propósito e um destino marcado. A ignorância é que os maculou, ferindo a terra que os abrigava e espalhando o medo e o mau a todos os seres que da terra foram gerados.

Continua...

Por Bruxinhachellot

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Sentimento Atormentado


"Largo em sentir, em respirar sucinto,
Peno, e calo, tão fino e tão atento,
Que fazendo disfarce do tormento,
Mostro que o não padeço, e sei que o sinto.

O mal que fora encubro, ou que desminto,
Dentro no coração é que o sustento:
Com que para penar é sentimento,
Para não se entender, é labirinto.

Ninguém sufoca a voz nos seus retiros;
Da tempestade é o estrondo efeito:
Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.

Mas oh! Do meu segredo alto conceito!
Pois não chegam a vir à boca os tiros
Dos combates que vão dentro do peito."

Autor: Gregório de Matos Guerra. Sonetos.

Por hora estou a coletar informações sobre essa cultura maravilhosa que é a cultura Celta. Deixo-lhes um poema de meu escritor predileto, Gregório de Matos. Fiquem bem.


O título do post é meu, nada tendo a ver com o título do soneto de Gregório de Matos, mas tendo muito a ver com o poema e com a imagem.

Por Bruxinhachellot.