quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Asas

Imagem retirada de anime japonês

Asas que carregam sonhos
Sobrevoam nossos mais profundos sentimentos
Asas planam ao sabor do vento de outono
Abrem-se aos corações sem constrangimentos

Asas que carregam vivências
Sobrevoam nossos mais ferrenhos conhecimentos
Asas que encobrem ausências
Fecham-se envolvendo-nos em juramentos

Asas que carregam emoções
Sobrevoam nossos mais puros relacionamentos
Asas penduradas por ilusões
Seguem velozes acolhendo comprometimentos

Asas que carregam desejos
Sobrevoam nossos mais sensíveis momentos
Asas que transportam segredos
Enlevam-se pelos ares em busca de novos alentos

Autoria de Chellot (Cláudia Valéria Miqueloti)

Beijos doces.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Esboço

Brincando no paint

Perdida em meus pensamentos vaguei pela imensidão dos meus sentires. Flutuei como uma pena ao sabor da brisa. Respirei fundo e segui pelas brumas de meus sonhos esquecidos pelo tempo até encontrar a entrada secreta de minha consciência. Estaquei à porta perdendo-me em sua beleza fascinante. Tons de um prata antigo envolto em ondas de um azul enevoado envolviam a lateral. Encostei o ouvido na madeira diáfana e aguardei, a respiração suspensa, os batimentos a mil. Nada. Nem sequer um sussuro abafado. Tentei a maçaneta. Não existia nenhuma. Eu queria entrar. Precisava. Observei os entalhes e não havia inscrições, nem desenhos, apenas um círculo dentro de outro e de outro. Recusei terminantemente voltar atrás de mãos vazias. Haveria um meio de penetrar aquela barreira. Fechei meus olhos e esvaziei a mente de toda tensão acumulada pelos anos que me pesaram até aqui. Senti-me leve. Quase fora de mim. Não havia pensamentos, sensações, nem um leve formigamento. Quando dei por mim estava do outro lado. Nada via, nem sentia. Era como se o mundo não existisse. Como se eu não existisse. Minha consciência era o nada ainda germinando na fonte da vida. Seu tempo de nascimento ainda não fora determinado, nem sua hora de desaparecimento total. Não havia como encontrar algo que ainda não existia. Um suspiro quase sufocou-me. Senti dor. Tinha voltado a meu estado inicial. Eu era o esboço de uma vida que ainda seria criada, modelada e embutida numa consciência em estado bruto. Adormeci exausta. Milhões de anos se passaram até que voltei a acordar no ventre de uma criatura que sonhava com meu nascimento. Enfim minha consciência pode germinar e se desenvolver até que um novo ciclo se formasse na espiral da vida.

Autoria de Cláudia Valéria Miqueloti (Chellot)
Texto baseado em um sonho.

Respeite os direitos autorais.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Distrações Ilusórias

Brincando no Paint (Chellot)

O tempo possui distrações ilusórias, que tanto pode nos fazer feliz quanto nos deixar com lágrimas amargas.

Autoria de Cláudia Valéria Miqueloti (Chellot)

Fique atento as distrações.

Beijos doces.