
Como em um sonho me ponho a olhar a rua que foi minha amiga de brincadeiras, minha arca do tesouro e minha confidente em meus tempos de infância. Não havia amiga mais devotada. Quando saía de casa, descendo correndo as escadas era ela que vinha me receber com seus mistérios, seus ruídos, seus cheiros e sabores inconfundíveis.
Em dias de chuva, os pés descalços corriam faceiros pelas calçadas das casas vizinhas e saltitavam nas poças espirrando água pra todo lado. Ao olhar para o meio da rua, veio-me a lembrança do corre-corre das crianças e da gritaria que fazíamos quando algum automóvel se interpunha em nosso pique-bandeira e tínhamos que recuar dando passagem aquele intruso.
Quando a noite se aproximava, sorrateira, eu me sentava no meio fio, com a mão esquerda sob o queixo e olhava para aquele céu estrelado e sorria. O brilho da lua escondia um rosto que muito me intrigava. Não sabia se era de homem ou de mulher, mais imaginava que devia ser alguém poderoso e sábio para ser dono de tanta beleza.
Não era muito de fazer amigos e minha rua sabia disso, tanto que me enviou um amigo invisível para me fazer companhia. Se perguntarem a ela porque agiu desse modo, com certeza diria que sua amizade por mim não tinha limites. Cada uma sabia das deficiências da outra e, assim como ela eu também a ajudei. Houve um inverno em que a chuva foi visitar outras ruas e compadecida da seca que lhe abria feridas eu aliviei seus pesares ao lhe jogar baldes de água.
Minha rua não é uma rua qualquer, sem passado nem história. Ela é parte de mim. Se hoje sou feliz e tenho toda uma bagagem de vida, foi porque minha rua proveu minhas primeiras necessidades sociais, educacionais e fez-me crer em sentimentos verdadeiros.
Em dias de chuva, os pés descalços corriam faceiros pelas calçadas das casas vizinhas e saltitavam nas poças espirrando água pra todo lado. Ao olhar para o meio da rua, veio-me a lembrança do corre-corre das crianças e da gritaria que fazíamos quando algum automóvel se interpunha em nosso pique-bandeira e tínhamos que recuar dando passagem aquele intruso.
Quando a noite se aproximava, sorrateira, eu me sentava no meio fio, com a mão esquerda sob o queixo e olhava para aquele céu estrelado e sorria. O brilho da lua escondia um rosto que muito me intrigava. Não sabia se era de homem ou de mulher, mais imaginava que devia ser alguém poderoso e sábio para ser dono de tanta beleza.
Não era muito de fazer amigos e minha rua sabia disso, tanto que me enviou um amigo invisível para me fazer companhia. Se perguntarem a ela porque agiu desse modo, com certeza diria que sua amizade por mim não tinha limites. Cada uma sabia das deficiências da outra e, assim como ela eu também a ajudei. Houve um inverno em que a chuva foi visitar outras ruas e compadecida da seca que lhe abria feridas eu aliviei seus pesares ao lhe jogar baldes de água.
Minha rua não é uma rua qualquer, sem passado nem história. Ela é parte de mim. Se hoje sou feliz e tenho toda uma bagagem de vida, foi porque minha rua proveu minhas primeiras necessidades sociais, educacionais e fez-me crer em sentimentos verdadeiros.
Essa é uma forma que encontrei para homenagear minha amiga, a rua onde moro e onde sempre morei. O que você sente pela rua onde mora?
Fiquem bem.
Obs: Estou melhorando, mas ainda falta desinchar os dedos. Em breve estarei na ativa.
Por Bruxinhachellot.