Emer era a mais pura das donzelas, aquela que todos almejavam, mas que nunca retribuiu um olhar, enquanto Cuchulainn era um herói de batalhas vigoroso e destemido. Para Emer o homem com quem fosse casar deveria ter seu nome mencionado nas grandes façanhas de heróis.
Apesar de estar noivo de Emer, Cuchulainn não conseguiu manter-se fiel ao conhecer Fand, a mulher de Manannán que fora abandonada pelo Deus do mar. Fand era a mais bela mulher do Sídh (Shí - reino subterrâneo) onde Cuchulainn ficou hospedado por cerca de um mês. Ao retornar para a terra dos mortais, ele combinou com a deusa Fand um encontro em seu próprio território, junto ao teixo no promontório da praia de Baile. Mas Emer tomou conhecimento do encontro e partiu para lá com cinquenta criadas, cada uma armada de faca para matar a rival.
Cuchulainn, ao estilo de herói, não entendeu por que Emer não se alegrou com o fato de revezar-se com a outra que era linda e vinha de elevada raça dos deuses. Emer rendeu-se majestosa, não recusando a mulher que seu noivo desejava, pois entendia que "tudo o que é novo parece belo, e tudo o que é comum parece amargo, e tudo que não possuímos parece-nos desejável e que tudo que possuímos, menosprezamos".
O sofrimento de Emer o comoveu e então ele lhe disse que ela lhe era agradável e continuaria sendo enquanto ele vivesse. Fand por sua vez, percebendo a situação, disse que deveria ser ela a abandonada. Ela sabia o que era amar sem ser correspondida e resolveu renunciar a um amor que não era para ela. Manannán, Filho do Mar, ao saber do acontecido, lamentou ter abandonado Fand, sua amada e tornando-se invisível, menos para ela, pede-lhe perdão e Fand aceita.
Os druidas deram a Cuchulainn e Emer uma poção do esquecimento, para que Cuchulainn esquecesse seu amor por Fand e Emer seu ciúme.
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Fonte: Mitos e Lendas Celtas (Charles Squire)
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Essa é a parte final de Mitologia Celta.
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Por Bruxinhachellot